Na década de 90, o então prefeito de Goiânia Darci Accorsi incumbiu o seu vice, Jovair Arantes, de presidir a Comurg e construir um aterro sanitário para cidade, que se instalaria na região Noroeste da Capital.
Os anos de abandono e a falta de investimento nas gestões de Pedro Wilson (PT), Iris Rezende (PMDB) e Paulo Garcia (PT) no tratamento de resíduos sólidos agora cobram o seu preço. Goiânia retrocedeu e o que era aterro virou lixão.
O aterro funciona na região Noroeste sem licença ambiental há dois anos e quatros meses. Há falhas em todas as etapas de tratamento de resíduos sólidos, que inclui impermeabilização do aterro, tratamento das células de lixo, recobrimento das camadas, captação e queima de gases, coleta de chorume e águas pluviais.
Um relato escabroso a respeito do assunto foi publicado pelo jornal O Popular no dia 31 de março deste ano (leia aqui e também aqui).
Pai do aterro, Jovair publicou um artigo no mesmo jornal nesta terça-feira em que lamentou o “retrocesso”.
“O que se constata é que o assunto tão relevante não foi tratado como prioridade e o fato, lamentavelmente, ocupa negativamente as manchetes na mídia goiana”, diz Jovair.
“Esse é apenas um dos pontos negativos que a população sente dos efeitos da má gestão, isso sem falar que recentemente por mais de dez dias toda a cidade viu acumular-se lixo nas ruas e avenidas por falta da coleta adequada”.