sexta-feira , 19 julho 2024
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Em artigo, Pablo Kossa critica iniciativa de Paulo Garcia em vender áreas públicas: “horrível para Goiânia”

Veja o artigo do jornalista Pablo Kossa, que escreve no site A Redação:

Desafetação de áreas públicas é horrível para Goiânia

Caro e esporádico leitor, peço sua atenção para que invista alguns minutos de seu corrido dia na leitura desse relatório elaborado pelo Centro Integrado de Gestão e Pesquisa em Ordenamento Territorial. Ele se chama Impactos negativos da desafetação de áreas públicas no município de Goiânia-GO.

Quando terminei o texto que minha amiga Daniela Metro me recomendou pelo Facebook, estava boquiaberto. É de deixar qualquer goianiense de cabelo em pé a possível aprovação do Projeto de Lei Complementar Número 50 que a Prefeitura de Goiânia encaminhou para os vereadores e tramita agora na Câmara Municipal.

Se bom senso existisse no Paço Municipal, tal ideia sequer sairia das conversas de corredor. Seria abortada no ato. Bastava que alguém mais lúcido falasse: “Ôu, se liga, não podemos fazer caixa vendendo terreno público não. É uma péssima ideia”. Mas parece que a percepção do que é de fato relevante para Goiânia não está muito presente por aquelas bandas.

É notório que a Prefeitura passa por sérios problemas financeiros. Ninguém é insensível a isso. Mas não é queimando patrimônio importante para todos goianienses que será resolvida crise. Apertar o cerco aos sonegadores, mandar para a execução os inadimplentes históricos, azeitar a máquina evitando gastos desnecessários, cortar os inúmeros cargos penduricalhos que só visam a mais baixa negociata política são medidas mais aceitáveis para equilibrar as contas.

O relatório mostra a carência de espaços para a população que temos em vários bairros da cidade e que a comercialização ou destinação para outras entidades de tais espaços não é a melhor solução. Não existe essa fartura de lotes na mão do poder público. Esses espaços são raros e muitas vezes em regiões altamente adensadas, locais que fazem salivar a boca predatória das construtoras que só querem saber de subir prédio, impermeabilizar o solo e se lixam para a qualidade de vida da cidade que se esvai a cada dia que passa.

A credibilidade de quem assina o texto é inconteste. Não estamos falando de estatísticas timbre Ipea. Trata-se de um grupo de pesquisadores vinculados ao Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia (Doutorado/Mestrado) do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Instituição que, tenho certeza, Paulo Garcia respeita, já que foi ali que ele se formou em Medicina e iniciou na militância política ainda no movimento estudantil.

E fica o alerta para o Governo do Estado: veja esse erro da Prefeitura e não repita o equívoco, ressuscitando a ideia de também passar nos cobres relevantes áreas da capital. O que é bom, não é vergonha alguma copiar. Agora, pegar o mau exemplo dos outros definitivamente não é algo aconselhável.

 

 

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