quinta-feira , 18 julho 2024
Goiânia

Após nova derrota, Célia Valadão se descabela e perde a linha na Câmara: “eu não vou brincar de ser líder aqui”

Antes da esperada votação do projeto que altera a estrutura administrativa da prefeitura de Goiânia, nesta quarta-feira, o vereador Felisberto Tavares – que é filiado ao PT – apresentou pedido de vista no esforço para protelar a extinção da Secretaria de Trabalho.

Irritada com o colega, a líder do governo do PT na Câmara Municipal, Célia Valadão (PMDB), disse à base de apoio do prefeito Paulo Garcia que a ordem era para derrubar o pedido de vista. “Acho que estou sendo bastante clara”. Não adiantou: por 16 votos a onze, a votação foi adiada e Paulo Garcia, derrotado mais uma vez.

Foi o segundo revés em dois dias. Na terça-feira, a oposição adotou a mesma estratégia para adiar a votação do projeto de lei que autoriza a venda de 18 áreas públicas. O suficiente para tirar Célia Valadão das estribeiras. Célia desabafou ao final da votação e disse que pediria hoje mesmo uma reunião com o prefeito para saber qual é, de fato, a base aliada ao Paço na Câmara. O desabafo assustou todo mundo e alguns pensaram até que ela iria chorar.

“Eu não vou brincar de ser líder”, disse a peemedebista. “Deixo registrada a minha preocupação com relação ao que se diz base de sustentação da prefeitura. Ontem tivemos uma ação sórdida nessa Casa com o objetivo de inviabilizar o trabalho do prefeito Paulo Garcia. E hoje, novamente.  Não tenho que dar satisfação do meu trabalho, mas eu não estou aqui brincando de ser base e nem de ser líder do governo. Eu quero saber quem aqui é base. Estou indo, sim, falar com o prefeito para saber o que é a nossa base de sustentação”.

Célia também bateu boca com Paulo Magalhães, que na terça a acusou (nos bastidores) de se reunir com o prefeito para queimar o filme de todos os vereadores que não obedecem a todas as suas ordens. “Ontem eu não falei com o Paulo, mas hoje vou. E vou conversar sobre o que está acontecendo aqui, sim. Se vossa Excelência acha que meu trabalho não está sendo bem feito, habilite-se para função”.

Paulo Magalhães disse que é proibido a um líder de bancada conduzir os seus liderados “sem Deus no coração” e afirmou que liderança “não se fabrica, mas se nasce com ela”.

 

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