Leia o editorial do Jornal O Popular, na edição de domingo:
Editorial
25/05/2014
Falta de médicos
As precariedades da saúde pública constituem um triste fenômeno nacional, triste e persistente, pois nunca se define efetivamente um grau de prioridade compatível com a importância dessa área. Por isso novamente uma pesquisa, agora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), esta divulgada ontem, revela que saúde e segurança continuam sendo as principais queixas dos brasileiros.
No que concerne à área federal, há muito ainda o que se cobrar, mas não se pode negar que houve uma reação com o programa Mais Médicos e disso resultou alguma melhora.
Na esfera estadual, a situação acentuadamente precária do atendimento hospitalar melhorou um pouco com a mudança na política de gestão, embora haja ainda muito o que fazer.
A administração municipal de Goiânia atravessa uma grave crise orçamentária e financeira, o que implicou a necessidade de cortes de gastos, mas em relação à área de saúde a atenção não pode ser desviada e descuidada.
O déficit atual nas unidades de Goiânia é de 152 médicos, em função da combinação de dois problemas, a falta de profissionais interessados em trabalhar na rede municipal, segundo justificativa da Secretaria de Saúde, e a falta de estrutura de trabalho, conforme alega a representação médica. Independentemente das causas, o que não se pode admitir é a falta de atendimento porque não há médicos.