Artigo originalmente publicado no blog do jornalista Afonso Lopes (www.afonsolopes.com).
Sintego: acabou. Nem o tapetão gera respeitabilidade
Não sou professor. Nem poderia ser. Não tenho titularidade para isso e nem a menor vocação. Sou jornalista. Sempre fui. Mas como escrevo no meu Blog, posso dar pitacos. Me acho no direito. Se estiver usurpando, relevem. Jornalistas sempre se acham o ó do borogodó.
Li tudo o que apareceu nos jornais e nas redes sociais sobre a eleição no Sintego. Entendo, por todas as informações que li, que a maioria dos sindicalizados escolheu a chapa 2, de oposição. Decisão apertadíssima. Pouco mais de 50 votos. Mas a quantidade de votos torna-se irrelevante diante do fato inusitado. A situação perdeu. Ponto final.
Ponto final? Não. A atual diretoria do Sintego, derrotada nas urnas, ensaia um golpe contra a vontade da maioria. Sim, um golpe. Talvez eu pudesse usar outra palavra, como manobra. Mas vejo como golpe, e como golpe descrevo o que li.
Os votos da regional de Rio Verde, que deram pouco mais de 80 votos de vantagem para a oposição, foram impugnados a pedido da atual diretoria. Suspeita de fraude, avalizada de imediato por uma Comissão Eleitoral interna. Não há o que questionar quanto ao fato inédito: situações é que são flagradas fraudando urnas, e não as oposições. Nunca tinha ouvido nada igual a isso.
Virou nó jurídico, e como existe a tal Comissão Eleitoral, sabe-se lá o que vai acontecer. Seja lá o que for, a verdade é que o atual comando do Sintego não tem mais qualquer legitimidade. Legalidade talvez consiga, mas a respeitabilidade acabou.