O péssimo momento que vive a administração do prefeito Paulo Garcia (PT) interfere, cada vez mais, no humor da líder do governo do PT na Câmara Municipal, Célia Valadão (PMDB).
Um mês depois de sair do plenário aos prantos, por conta de uma derrota do Paço e da rebelião de vereadores aliados, Célia voltou a bater boca com um de seus colegas, a quem ela pediu: “me esqueça”.
O pano de fundo para o bate-boca foi um projeto de lei incrivelmente bobo, do vereador Jorge do Hugo (PSL), que propunha fazer, da terceira semana de dezembro, a “semana da família” no calendário oficial da Capital.
O projeto foi vetado por Paulo Garcia porque, segundo o prefeito, descrevia “família” apenas como laço matrimonial entre homem e mulher, ignorando a possibilidade de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Visivelmente constrangida, Célia (que é católica) defendeu o veto do prefeito ao projeto – apesar de emitir inúmeros sinais de que era a favor da proposta de Jorge do Hugo. Falou que ia votar a pela manutenção do veto, mas na hora H se absteve.
Paulo Magalhães (SDD) cobrou coerência da colega: “não entendi mais nada. A Célia falou que ia votar contra, defendeu a manutenção do veto, mas ficou com a abstenção? Queria que ela se explicasse”.
Célia apelou. “Eu não sei qual o problema dele, isso é problema meu. O jeito que eu voto não é problema de ninguém. Não sei o que ele tá questionando. Ele que cuide da vida dele e me esqueça. Nossos conceitos tem que ser revistos todos os dias”.
Tá feia a coisa, hein vereadora?
Defender o prefeito está custando caro…