A reportagem publicada na edição desta terça-feira do jornal O Popular sobre a crise financeira da prefeitura de Goiânia deixou os fornecedores da prefeitura com as barbas de molho.
O recado do secretário municipal de Finanças, Jeovalter Correia, é bastante claro: haverá calote nas empresas prestadoras de serviço, que na opinião do prefeito Paulo Garcia (PT) têm a obrigação de se sacrificar para ajudar a administração a se reerguer, após anos e anos de desvario nos gastos públicos.
“É possível que neste período fornecedores reajam à nossa estratégia”, afirmou o secretário de Finanças à reportagem. A estratégia à qual ele se refere é: gastar apenas o que a prefeitura arrecada. Ou seja: alguém vai ficar sem receber pelo serviço, afinal de contas existe um déficit de R$ 34 milhões por mês.
O risco de calote não é bem uma novidade para os fornecedores. A Ita Transporte, por exemplo, que loca quase 500 veículos para administração está com 11 parcelas em atraso, que somadas totalizam R$ 48 milhões a receber. A GAE Engenharia não consegue finalizar os viadutos da marginal Botafogo.
A Metropolitana, que cedia os compactadores de lixo, optou simplesmente por desistir do contrato.
Paulo Garcia caiu no buraco, mas quer levar mais gente junto.
É bom as empresas ficarem espertas.