A desistência do bilionário Júnior Friboi, deixando Iris Rezende sozinho no páreo para se consolidar como candidato do PMDB a governador, não resolveu a crise interna do partido.
Ao contrário. O clima entre os peemedebistas, hoje, continua tenso. O grupo ligado a Júnior Friboi está à espera das cartas que Iris colocará na mesa. Eles se recusam a “ungir” Iris e querem saber o que o velho cacique peemedebista tem a oferecer.
O foco dos friboizistas deslocou-se da campanha majoritária para a proporcional. A expectativa é que o PMDB faça menos deputados estaduais e federais – três para a Câmara Federal e de cinco a seis para a Assembleia Legislativa. Por isso, a turma de Friboi vai exigir de Iris que ninguém da sua família seja candidato proporcional – além da deputada federal dona Iris Araújo, que pretende disputar a reeleição, há comentários de que a panelinha poderia se ampliar porque a filha Ana Paula também quer ser lançada à deputada estadual.
Nas duas eleições anteriores de dona Iris, houve um massacre nas bases dos candidatos peemedebistas a deputado federal. O próprio Iris interferiu abertamente, tomando colégios eleitorais importantes para a sua mulher. Dessa vez, há uma rebelião, liderada pelo ex-deputado Marcelo Melo, que vai disputar uma vaga na Câmara, propondo que – se Iris de fato pensa e defende o PMDB, como apregoa – dona Iris não será candidata.
É o que Iris vai ouvir dos friboizistas ao voltar nesta quinta-feira ao seu escritório político.