A pedido dos professores da rede pública de Goiânia, uma comissão formada por especialistas em Direitos Humanos visitou a Câmara Municipal, que está ocupada pela categoria desde o dia 10 de junho.
Os professores acusam o presidente da Casa, Clécio Alves (PMDB), de submetê-los a tortura psicológica para forçá-los a sair. E o cenário que os especialistas encontraram confirmam o que os professores diziam.
O blog teve acesso ao relatório produzido por um dos membros desta comitiva – o superintendente de Direitos Humanos do governo de Goiás, Marcus Vinícius Lemes. Lemes classifica como “péssimas” as condições de subsistência dos professores na Câmara e alerta para o risco de desfecho trágico caso a prefeitura resista em negociar com os grevistas.
Em tempo: não há abastecimento de água e energia na Câmara fora do horário de expediente dos vereadores, que é de terça a quinta-feira, das oito ao meio dia. Os banheiros também não estão sendo limpos.
Veja um trecho do relatório:
“Constatei (…) que os profissionais da Educação e todos que ali se encontram estão em péssimas condições, que agrava a cada momento suas estabilidades emocionais e físicas podendo colaborar para um trágico desfecho se não houver um entendimento comum e imediato para solucionar tal problema”.