Barbosa Neto é um nome conhecido na praça: ex-presidente do PMDB Jovem, ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-corregedor da Câmara dos Deputados, ex-candidato a governador, ex-presidente da Agetur, ex-secretário da prefeitura de Goiânia.
Por fim, ex-político de futuro promissor.
Barbosa é um ilustre “ex”. Hoje em dia, ninguém mais dá importância às suas opiniões – e a culpa disso é do PMDB e de Iris Rezende, que reduziram-no a pó quando começou a crescer.
Anos depois do divórcio litigioso (que o levou à ilusão de que poderia construir uma terceira via no PSB, tal qual tenta Vanderlan Cardoso hoje) Barbosa Neto está de volta ao PMDB. Pior ainda: coordena a formação do plano de governo de Iris.
O sonho inconfesso do ex-deputado era dar o troco em Iris, assumir o comando do partido de braços dados com Júnior Friboi e voltar a ser um esboço do que foi no passado. Mas Friboi foi mandado às favas e Barbosa, despido de orgulho, voltou de joelhos para o berço irista.
Sem dúvida, voltar ao velho ninho deve ter exigido sangue frio do ex-golden boy do partido.
Coordenar a formação do plano de governo de Iris? É demais, não?
Barbosa precisa estar, no mínimo, consciente de que pode levar outra surra política, como foi no passado.
É como a mulher do soldado que volta para casa depois da sova, sabendo que vai apanhar de novo.