Não será desta vez que os partidos de oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB) descobrirão como derrotá-lo nas urnas.
Petistas, peemedebistas, peessebistas e toda sorte de anti-marconistas estão perplexos diante da indiferença do eleitorado à saraivada de ataques que promoveram contra o tucano nos últimos três meses de campanha.
Já não sabem mais o que fazer e apelam para qualquer subterfúgio que esteja ao alcance. Até mesmo se aliam a oponentes históricos, que pelo grau de divergência já não são mais adversários, mas sim inimigos.
Quem seria capaz de imaginar que o PT dividiria palanque com Ronaldo Caiado em Goiás? O PT, que nasceu dos movimentos sociais, da luta pela reforma agrária, cerrou fileiras com o mais empedernido ruralista que esta País já produziu.
O petismo está de braços dados com o arauto do conservadorismo e da direita ultra-reacionária, que não poupou esforços para esculhambar Dilma Rousseff e Lula na Tribuna do Congresso Nacional nos últimos meses, e que continuará com o seu expediente agressivo assim que pisar no Senado.
O ponto de convergência desta aliança espúria é Iris Rezende, cujo candidatura ao governo – a última, promete ele – se traduz em uma campanha vingativa contra Marconi, que o derrotou em todas as eleições que disputaram juntos.
Iris, este camaleão que dialoga com Caiado e com Gomide. Que conquistou o apoio do velho Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mas entregou ao DEM uma vaga na chapa majoritária.
A oposição está batendo cabeça. Não sabe mais o que fazer. Perdeu-se numa esquina qualquer nos anos que se passaram. Querem vencer Marconi, mas não sabem como e nem porquê. Só sabem que o querem, e que na política feita com o fígado os fins justificam os meios.