Poucas vezes, na história das eleições do Brasil, um candidato errou tanto e tão grosseiramente quando Iris Rezende.
Segundo todas as pesquisas, Iris vai perder, no próximo domingo, e não será por uma diferença pequena – a previsão é de uma vantagem muito superior a meio milhão de votos para o governador Marconi Perillo. Aliás, no 1º turno, Marconi já venceu com uma frente superior a 550 mil votos.
O primeiro e mais grave erro de Iris foi se candidatar a governador a partir de uma base política fraturada. Ao impor o seu nome goela abaixo do grupo ligado ao bilionário Júnior Friboi, dentro do PMDB, Iris marcou o primeiro gol contra logo no início da partida.
O segundo equívoco – grave – foi a opção pela estratégia de ataques contra o governador Marconi Perillo. No 1º turno, Iris quase não apresentou propostas e adotou uma linguagem de extrema agressividade, acompanhando por uma imagem pessoal de destempero, nervosismo e exaltação. Firmou-se rapidamente como um candidato que veio do passado, envelhecido e virulento. A pancadaria explícita ajudou a levar Iris para o pódio das pesquisas como o 1º colocado no quesito rejeição.
Tem mais. O discurso saudosista, no qual Iris insistiu durante toda a campanha e só abandonou na reta final do 2º turno, também contribuiu fortemente para a derrota agendada para o próximo domingo. Mutirão, rememórias de Governos antigos, conceitos superados e frases demagógicas (“O povo está morrendo à míngua”) ajudaram a afastar Iris das mais largas faixas do eleitorado, que se concentram hoje na juventude. O Jornal Opção chegou a afirmar que o eleitorado jovem não compreende o que Iris fala.
Por trás desses erros, o maior de todos: o desprezo pela inteligência. A campanha de Iris foi burra. Seus coordenadores e portavozes – Sandro Mabel, Barbosa Neto e Mauro Miranda – foram burros. Seu marketing, que desprezou o número 15 e chegou a eleger uma marreta como símbolo, foi burro. Sua assessoria de comunicação foi burra. A campanha não existiu nas redes sociais, mas o pouco que apareceu foi exemplo de burrice. Não houve brilho.
A derrota, no próximo domingo, portanto, será justa e merecida.
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