A editora-chefe de O Popular, Cileide Alves, e a principal repórter política do Jornal, Fabiana Pulcineli, apostaram todas as fichas em uma tese: a elevada rejeição e a baixa aprovação do Governo, antes do início da campanha, levariam inapelavelmente o governador Marconi Perillo à derrota.
Tanto Fabiana quanto Cileide, coincidentemente, publicaram artigos com o título “O peso da rejeição”, em que examinavam os índices de pesquisas e concluíam que , somando-se essa situação à inevitável união da oposição no 2º turno, Marconi enfrentaria tantas dificuldades que acabaria perdendo a eleição.
Fabiana Pulcineli foi ainda mais específica: por mais de uma vez, ela escreveu que o “caso Cachoeira”, ao ser levantado pela oposição nos programas do horário gratuito eleitoral, causaria tanto desgaste a Marconi que seria impossível chegar a uma vitória. Iris Rezende usou e abusou das acusações envolvendo Cachoeira, mas o tucano não perdeu um único voto e continuou sólido nas pesquisas.
Com o início da campanha, Cileide Alves deixou de abordar questões políticas no seu artigo semanal, mas Fabiana Pulcineli continuou mexendo o doce. Em dezenas de textos publicados nas páginas nobres de O Popular, jamais admitiu que Marconi estava em alta nas pesquisas nem que a sua rejeição estava diminuindo e a aprovação do seu Governo subindo. No seu último artigo antes da eleição, segunda-feira passada, a jornalista reconheceu rapidamente, a contragosto, em apenas uma linha, que “Marconi caminha para a vitória”, mas caprichou ao tentar desqualificar o triunfo do governador sob o argumento de que isso não significaria que o seu Governo, a sua ação política e as suas propostas estariam sendo aprovadas pela população.
Pois é. Chegou a hora da eleição e o vencedor será Marconi. Pior, para Cileide e Fabiana, é que será uma vitória com a maior frente de votos com que um governador já foi eleito em Goiás. Ou seja: as duas cometeram o maior erro da história da imprensa goiana.
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