Se Paulo Garcia (PT) notabilizou-se como o pior prefeito da história de Goiânia, o mesmo pode se dizer a passagem do vereador Clécio Alves (PMDB) pela presidência da Câmara Municipal.
Os dois últimos anos em que Clécio foi presidente representaram um período negro para o Legislativo da Capital. Sob seu comando, o rolo compressor a serviço de Paulo Garcia (PT) aprovou um caminhão de medidas impopulares, que violentaram a população: afrouxamento do Plano Diretor, rejeição ao aditivo salarial para professores, venda de áreas públicas e aumento de IPTU, para ficar em poucos exemplos.
Houve momentos marcantes, como o dia em que os professores invadiram o plenário e o acuaram na Mesa Diretora, forçando-o a sair do plenário aos berros. Sem falar da licitação milionária para extermínio de ratos, pombos e baratas na Casa, que ficou conhecida como a dedetização mais cara da história de Goiânia.
Por estes desmandos e manobras foi que Clécio perdeu a eleição para deputado estadual nesse ano, apesar de contar com uma poderosa estrutura de poder e cargos comissionados na sua retaguarda. Ele foi o primeiro presidente da Câmara em muito tempo a não se eleger para Assembleia Legislativa. Dos três antecessores, dois foram eleitos (Cláudio Meirelles e Francisco Júnior) e um (Iram Saraiva) simplesmente não disputou o cargo.
Seu mandato termina em dezembro, mas nada indica que haverá um choque no modelo de gestão, já que seus prováveis sucessores são igualmente ruins: Célia Valadão (PMDB), Paulo Borges (PMDB), Izídio Alves (PMDB) e Carlos Soares (PT).