Há cinco anos, para alegria das empresas do mercado imobiliário, o então prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) inaugurava o Parque Cascavel.
Em função da criação do Parque, previa-se um forte processo de ocupação da região Sudoeste da Capital. Mas não demorou muito até que as marcas do improviso se destacassem e se transformassem em pesadelo para as famílias que moram no Jardim Atlântico e na Vila Rosa.
As barreiras de contenção construídas nas margens do córrego Cascavel provaram-se insuficientes para conter o carreamento de terra sobre o espelho d’água e, desde então, o processo de assoreamento aconteceu em ritmo acelerado. O episódio é tema de reportagem de uma página no jornal O Popular desta segunda-feira.
A prefeitura não sabe dizer porquê ergueu manilhas menores do que o necessário para impedir o assoreamento, mas a resposta salta aos olhos de quem trafega na avenida Guarapari, no Jardim Atlântico: foi a incompetência de Iris e de seu sucessor, Paulo Garcia (PT).
Hoje, só existe mato no local onde havia um espelho d’água. Por ironia, a prefeitura tinha afixado placas nas margens avisando que era proibido nadar no córrego.
Em que pese a gravidade do erro de ter construído um Parque sem as devidas adequações de engenharia, Iris e Paulo cometeram outro pecado ainda maior: eximiram-se da responsabilidade de retificar a falha e estancar o assoreamento do espelho d’água. Lá se vão cinco anos de omissão da prefeitura e não previsão para que o problema seja resolvido.
Eis aí parte da herança nefasta que o próximo prefeito de Goiânia receberá.