Virou refrão – e cansativo: candidatos que não conseguiram bons índices nas primeiras pesquisas publicadas sobre a corrida pela Prefeitura de Goiânia (institutos Paraná e Serpes) estão feito papagaios repetindo que pesquisas, por enquanto, não têm grande significado e mostram apenas o grau de conhecimento dos nomes lançados à disputa eleitoral na capital.
Isso é desculpa esfarrapada, leitor amigo. Não caia nessa.
Pesquisas eleitorais, em qualquer época, seja a meses seja às vésperas da eleição, têm um significado único: são uma radiografia entre aproximada e exata do seria o resultado das urnas caso a votação se desse naquele momento.
Assim, o que os políticos chamam de “conhecimento” do nome é o mesmo que a sua aceitação entre o eleitorado – e mudanças, claro, costumam acontecer, mas raramente de modo significativo. Muito raramente mesmo. Em 1998, Marconi Perillo começou com índices baixíssimos a disputa pelo governo dói Estado, entre 3 e 4%, enfrentando Iris Rezende largando com 74%. No final, meses depois, Marconi ganhou. Isso nunca havia acontecido em Goiás e nunca mais aconteceu.
Pesquisas eleitorais, portanto, só medem, sim, o “‘conhecimento” e nada mais e isso é válido tanto a meses como a dias ou horas da eleição. Não poderia ser diferente. Em consequência, são da maior importância e não podem ser descartadas – como uma batelada de candidatos a prefeito de Goiânia, com números ínfimos – está fazendo agora, tentando desclassificar os levantamentos dos institutos Serpes e Paraná.
A verdade é que, em sua maioria esmagadora, em toda parte, os números das pesquisas costumam ser confirmados pelas apurações – exemplos são as últimas duas eleições para governador e as últimas três eleições para prefeito de Goiânia. Nesses cinco pleitos, quem começou na frente chegou na frente. Essa é a jurisprudência. E ela indica que ou Iris Rezende, do PMDB, ou Delegado do Waldir, do PR, líderes das intenções de voto dos goianienses, conforme os institutos Serpes e Paraná, um deles será o próximo prefeito de Goiânia.