Está em O Popular desta quarta-feira: as empresas de ônibus de Goiânia estão manobrando para manter o preço da passagem em R$ 3, alegando que o Ganha Tempo – programa que elas criaram e que foi assumido pelo prefeito Paulo Garcia – não tem condições de ser operado com um preço menor de tarifa.
Matéria do repórter Vandré Abreu abre o jogo das empresas e diz: “A intenção das empresas é que o Ganha Tempo, divulgado como um projeto da Prefeitura de Goiânia, só ocorresse com a manutenção da tarifa em R$ 3. A argumentação é que o usuário pagaria o valor atual, mesmo sem os impostos, mas teria um ganho de qualidade”.
Mais claro, impossível. Podem anotar: quem vai propor a continuidade da tarifa em troca da manutenção do Ganha Tempo será a própria Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo, através do seu presidente Ubirajara Abbud, que já anunciou estar concluindo estudos sobre a compensação das empresas – em linguagem vulgar, sobre a permanência da tarifa em R$ 3 reais, ignorando-se a desoneração fiscal e as falhas nas planilhas encontradas pelo Procon, oferecendo-se, em contrapartida, a manutenção do Ganha Tempo.
O programa Ganha Tempo foi bolado pelas próprias empresas a partir da constatação, assumida pelo vice-presidente do Setransp, Décio Caetano, em entrevista a O Popular, de que apenas 0,1% dos usuários recorrem a três viagens no período de duas horas e meia.
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