Nem só de rancor e ranzinzice vive a deputada federal Iris de Araújo (PMDB).
O seu extrato de gastos com verba indenizatória mostra que ela também gosta de adoçar a vida com bons vinhos, excelentes queijos, iogurtes importados e azeites do Mediterrâneo – tudo, é claro, pago com dinheiro público.
De acordo com informações do site da Câmara dos Deputados, d. Iris apresentou ao departamento financeiro da Casa uma nota fiscal no valor de R$ 84,70 do luxuoso Empório Piquiras, em Goiânia, e cobrou a restituição do valor ao alegar que se tratava de “cota de alimentação parlamentar”.
Como perguntar não ofende e tira pedaço, o blog Goiás 24 Horas questiona d.Iris: é moralmente correto gastar R$ 84,70 numa só refeição – ou em pacotinhos de castanhas turcas, azeitonas gregas – e apresentar a fatura ao contribuinte? Em que esse almoço caríssimo contribuiu para o desenvolvimento do Estado ou para o futuro do Brasil?
Dona Iris, paladina da ética, da moral e dos bons costumes, acha justo torrar essa grana toda em almoços nababescos e iguarias finas enquanto a turba de eleitores famintos que votaram nela se esfalfam, de sol a sol, para conseguir comprar arroz e feijão para o filho?
Responda, deputada: você acha que está certa?
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