A palavra nem é usual, mas foi garimpada pela colunista Suely Arantes de forma certeira para refletir o momento do prefeito Paulo Garcia e as conseqüências da má fase na pré-campanha de seu aliado e padrinho Iris Rezende.
Segundo o Fio Direto, desta sexta-feira, no Diário da Manhã, “a impopularidade de Paulo Garcia já começa a afetar a pré-campanha de Iris”.
Veja a nota:
Impopularidade de Paulo Garcia já começa afetar a pré-campanha de Iris
Favorito para encabeçar a chapa da oposição na disputa pelo governo de Goiás em 2014, o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) tem agora um problema a mais para administrar. Precisará explicar para o leitor goianiense as razões do apoio incondicional ao petista Paulo Garcia, prefeito reeleito da Capital, cuja avaliação positiva foi medida pelo Serpes em rasos 18,2%. A comparação pode ser imprópria do ponto de vista metodológico, mas politicamente é impossível deixar de notar que, vencedor das eleições de 2012 já no primeiro turno, com 57,68% dos votos, a dilapidação do capital político de Paulo Garcia de lá para cá é espantosa, quase 40%. Não é, porém, inexplicável. Célebre no bastidor, motivo de análises entre articulistas, a arrogância do prefeito foi inflada por seu sucesso nas urnas. Fez-se notada pelo cidadão comum. Um exemplo. Paulo desconsiderou solenemente os rogos da oposição na Câmara Municipal e da sociedade. Com mão de ferro, martelou até mesmo aliados históricos, correligionários, para garantir a aprovação de uma revisão extemporânea do Plano Diretor, mesmo diante da reação contrária da sociedade. Mas, se o prefeito julgou-se ungido pelas urnas para promover mudanças urbanísticas profundas sem o devido debate, a sociedade acaba por dar-lhe um choque de realidade. Para poder ajudar o padrinho Iris Rezende, Paulo Garcia terá de se levantar rapidamente, reconciliar-se com um eleitor cada vez mais desconfiado, insatisfeito e, como se vê nas ruas, indignado, disposto a mudar.