Samuel Silva, o rapaz que ganhou notoriedade depois de ser detido em Goiânia, na noite desta terça-feira, por envolvimento na depredação de concessionárias e lojas comerciais, é uma espécie de “profissional” de protestos de rua.
Estudante da Universidade Nacional de Brasília, a UNB, ele participou das manifestações de 20 de junho, em Brasília, e foi para o Facebook defender com ênfase os atos de violência, sob a alegação de que “pessoas sofrem violência, coisas, não” – o mesmo argumento que está utilizando em Goiânia, agora.
Filho de classe média, meio que mauricinho, Samuel Silva é o típico “revolucionário de boteco”. Para ele, textualmente, “quebrar vidraças não é violência” (está lá, no Facebook dele).
Olha o nível da maluquice: “Se você acha que um quebra-quebra é uma violência à você porque atinge seus valores, recomendo que você os reveja! Se você se indigna mais com o vandalismo do que com a repressão escrota que a gente anda vendo, PARA TUDO! SEUS VALORES PRIORIZAM COISAS EM DETRIMENTO DE PESSOAS!”.
As maiúsculas são dele mesmo.
Para Samuel, o vandalismo é mais do que justificado. É preciso “pensar antes de condenar um (ato de) vandalismo e fazer um esforço de empatia para entender o que provocou aquilo”.
No final, ele manda um recado: “Sou pacifista, mas não sou otário. Vou continuar nas ruas resistindo”.
Vai continuar? Vamos ver se, responsabilizado perante a Justiça pelos seus atos, Samuel prosseguirá com esse discurso.
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