O suposto “protesto” contra a adoção do modelo de gestão compartilhada das escolas estaduais com as organizações sociais caminha para um final melancólico: já são 9 colégios desocupados pela livre e espontânea pressão da sociedade, ou seja, de pais e alunos que exigiram o imediato retorno às aulas.
Ao contrário do que houve em São Paulo, onde as ocupações foram, digamos assim, um sucesso e obrigaram o governo paulista a recuar em um projeto de reorganização das escolas, em Goiás o fracasso veio em função de um fator muito forte: em momento algum, ficou claro porque os manifestantes seriam contra o chamamento às OSs – que estão sendo convocadas para melhorar a qualidade do ensino estadual.
Dois argumentos foram apresentados pelo “protesto”: 1) as OSs representariam uma privatização e 2) no futuro, haveria a cobrança de mensalidades.
Essas são duas grandes mentiras. Não há que se falar em privatização e muito menos em cobrança de mensalidades. O ensino estadual continuará gratuito, com todas as garantias mantidas para funcionários e professores, além, é claro, dos alunos, no que diz respeito ao acesso a cursos superiores.
Tudo o que se baseia em mentiras é como um castelo construído sobre a areia. O “protesto” não sensibilizou a sociedade, acabou isolado diante da infiltração ostensivas de militantes profissionais de esquerda e de pessoas estranhas às escolas e simplesmente não deu certo. As escolas que ainda restam invadidas devem ser desocupadas nas próximas horas. A “ocupação” da Secretaria estadual de Educação é uma piada: o prédio está perfeitamente liberado e só não funcionou ainda, plenamente, por questões de segurança dos funcionários e limpeza das instalações. Os poucos invasores foram confinados debaixo de uma tenda, do lado de fora, em um retrato deprimente a falta de força social e política do movimento.