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Goiânia

Pesquisa publicada por O Popular mostra reprovação maciça do corredor da T-63

85,3% reprovam a genial ideia do prefeito Paulo Garcia de criar um corredor exclusivo para ônibus do transporte coletivo na avenida T-63.

Este é o resultado de pesquisa Grupom, realizada com os comerciantes da avenida T-63 mostrando o grau de insatisfação do setor com a instalação do corredor preferencial de ônibus e a proibição de estacionamento no local.

Segundo o levantamento, 85,3% diretores, sócios proprietários e gerentes de empresas localizadas ao longo da avenida disseram não estarem satisfeitos com a implantação dos corredores de ônibus.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 do mês passado pela empresa Grupom Consultoria Empresarial e contou com a participação de 102 entrevistados.

Mas, assim como no caso da revisão do Plano Diretor, Paulo Garcia se acha o dono da verdade e quer impor a sua opinião à sociedade.

 

Veja a reportagem:

 

Corredor é reprovado por 85,3%

Pesquisa aponta que diretores, sócios e gerentes estão descontes com corredor e aponta perdas

Camila Blumenschein 11 de maio de 2013 (sábado)

 

Uma pesquisa realizada com os comerciantes da Avenida T-63 mostrou o grau de insatisfação do setor com a instalação do corredor preferencial de ônibus e a proibição de estacionamento no local. Segundo o levantamento, 85,3% diretores, sócios proprietários e gerentes de empresas localizadas ao longo da avenida disseram não estarem satisfeitos com a implantação dos corredores de ônibus. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 do mês passado pela empresa Grupom Consultoria Empresarial e contou com a participação de 102 entrevistados.

A amostra deste levantamento representa, segundo o Grupom, cerca de 30% das empresas instaladas ao longo da T-63. Os comerciantes reclamam que não houve comunicação da Prefeitura com os empresários sobre a modificação no trânsito da avenida. Conforme a pesquisa, os empresários foram surpreendidos com a notícia da instalação do corredor preferencial na via quando as obras de adaptação do corredor exclusivo começaram a ser realizadas. Noventa e cinco por cento dos entrevistados disseram que não receberam nenhum comunicado ou convite para participar de reunião para discussão das mudanças no local.

Os responsáveis pela realização da pesquisa chegaram a questionar os entrevistados sobre a declaração da Prefeitura de que foram realizadas audiências públicas sobre a implantação dos corredores exclusivos durante a revisão do Plano Diretor de Goiânia em 2007. Porém, nenhuma das pessoas consultadas lembrou ou correlacionou as audiências públicas realizadas sobre o assunto naquele ano. Muitos alegaram que foram convidados somente para participar de protesto, em abril, realizado contra a implantação do corredor de ônibus.

Durante a realização da pesquisa, os dirigentes das empresas consultadas informaram que já tiveram prejuízos com a redução das vendas devido à falta de estacionamento para os clientes. A média de queda nas vendas declarada pelos empresários foi de 41,7%. Muitos entrevistados declararam não ter estacionamento próprio e aqueles que possuem vagas para os clientes no recuo do imóvel em relação à avenida disseram ter no máximo três.

De acordo com o levantamento, os empresários também demonstraram preocupação em relação à carga e descarga de mercadorias. Alguns alegam que tanto produtos perecíveis quanto aqueles de consumo durável de pequeno ou grande porte não podem ser carregados pelas ruas circunvizinhas até os estabelecimentos e dizem que não houve uma proposta da Prefeitura para solucionar o problema.

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) informou que a questão da implantação dos corredores de ônibus tem sido discutida com a sociedade ao longo dos últimos anos por meio dos Planos Diretores. Na edição do Plano Diretor de 2007 há a determinação de realização de um conjunto de obras, como plataformas, dispositivos de separação e segregação de fluxo de veículos, abrigos e demais elementos físicos, necessárias aos corredores de transporte coletivo.

Segundo a SMT, além da ampla divulgação por parte da comunicação oficial da Prefeitura de Goiânia e da imprensa goiana, a implantação do corredor de ônibus da T-63 foi discutida em audiências públicas e reuniões, que aconteceram na Câmara Municipal de Goiânia, no dia 22 de março; no Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), no dia 22 de abril e na Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg).

A assessoria da SMT ainda destaca que a secretaria tem discutido com os comerciantes soluções específicas para o estacionamento na região. Entre as soluções está o melhor aproveitamento das calçadas, convertendo as mesmas em espaços para estacionamento, quando há amparo da legislação de trânsito. As obras só podem ser realizadas com autorização da SMT, por isso a secretaria está recebendo individualmente os comerciantes interessados para orientação. As áreas para carga e descarga, conforme a SMT, também podem ser discutidas com os técnicos do órgão.

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