Parece brincadeira. Ou desrespeito. Ou abuso, no momento em que a população de Goiânia, inquestionavelmente, encontra-se indignada com o aumento abusivo das passagens de ônibus.
A CMTC – Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo – anunciou que vai fazer uma revisão e auditoria nas planilhas apresentadas pelas empresas que operam o sistema. Mas, para isso, precisa de dois meses de prazo.
É a piada do ano.
Essas planilhas já foram examinadas pelo Procon, que concluiu pela existência de inúmeras falhas e irregularidades, algumas gritantes: o peso do combustível, por exemplo, alegado pelas empresas na composição das tarifas, é de 35%, mas o Sindicato Nacional do Transporte Coletivo, a que as empresas de Goiânia são filiadas, informa que o percentual correto é 20%.
Sim, as planilhas compõem um calhamaço de 243 páginas, mas daí a necessitar de dois meses para ser examinadas vai uma distância muito grande.