O jornalista Alexandre Braga, assessor do prefeito Misael Oliveira, não gostou de ver reportagem do Jornal Gênesis, que mostrou os problemas do município de Senador Canedo.
Braga não concordou com a linha editorial e sugeriu que o jornal estaria implorando verbas publicitárias da prefeitura de Senador Canedo.
Veja matéria do Jornal Gênesis sobre o assunto:
Assessor de Misael ataca reportagem do Jornal Gênesis
A reportagem “24 anos de emancipação – Senador Canedo: sem motivos para comemorar”, publicada na edição passada do Gênesis, causou grande polêmica em Senador Canedo e foi muito discutida nas redes sociais, especialmente no Facebook. Ao ser postada no perfil do diretor-geral do jornal, Luis Washington, a reportagem passou a ser debatida. Alguns internautas acusaram o jornal de não conhecer a realidade da cidade, outros parabenizaram a reportagem por abordar com isenção os problemas vividos pela população.
“Parabéns ao jornal por mostrar o outro lado da história ‘contada pelo povo e não pelo jornal’ vista por muitas pessoas que aqui fizeram suas reclamações”, disse Darlan Cigolini Monteiro, comentando a reportagem reproduzida na página do Portal Canedo no Facebook.
Já Miguel Gonçalves Pinheiro Filho e Ivanilda Maria Ribeiro disseram que o jornal não estava correto, pois o povo estaria satisfeito com a administração do prefeito Misael Oliveira.
O post da reprodução da reportagem do Gênesis teve 78 comentários, a maioria feita por dois internautas: Alexandre Braga e Darlan Cigolini.
Em seu primeiro comentário, Alexandre Braga, uma espécie de assessor de imprensa do prefeito Misael Oliveira, tenta desqualificar o jornal, dizendo que depois da reportagem “o dono desse jornal vai parar de ligar pedindo mídia da Prefeitura de Senador Canedo”.
A resposta contundente às insinuações de Braga veio do próprio Darlan Cigolini, no post seguinte: “Você como colega de trabalho e fazer notícia, deveria respeitar a liberdade de expressão que o mesmo faz mesmo que seja contra a sua opinião. ‘Se for levado em consideração favores ou intimidação, jornal não será jornal’, publicou.
A partir daí, a discussão girou entre os dois internautas, com Braga insinuando que o jornal estaria fazendo chantagem. E novamente Darlan Cigolini rechaça as insinuações do assessor do prefeito, que é dono de jornal e também responsável pela distribuição da verba publicitária da prefeitura. “Que tipo de chantagem se refere? O jornal coletou um depoimento e mostrou a pessoa que o fez dando seu devido nome. Agora, por comprometer o governo municipal essa opinião, acha que é certo dizer que por causa disso esse jornal seja desmerecido ou descredenciado de ajuda ou recursos financeiros?”
Alexandre Braga então afirma que Darlan Cigolini é “marconista”, por estar atacando a administração de Misael Oliveira. E ironiza: “Darlan Cigolini Monteiro, mas eu gosto dimais (sic) desse papel seu aqui…”
E Darlan Cigolini responde: “Então, só lhe resta agir dessa maneira, com ironias, brincadeiras e etc. Complicado um jornalista, além de não respeitar o outro, não defender opiniões com argumentos. Alexandre Braga, se o senhor foi processado pelo Marconi, não desconte suas mágoas em quem defende o lado dele”, alfinetou.
Darlan se referia a um processo de indenização movido por Marconi Perillo contra Alexandre Braga, no qual Braga foi condenado a pagar R$ 12 mil por atacar injustamente a honra de Marconi Perillo. Alexandre Braga, figura obscura que usa as redes sociais para defender seu grupo político e atacar os opositores, também foi condenado a pagar R$ 5 mil por danos morais ao ex-deputado Daniel Goulart.
As referências negativas feitas por Braga ao jornal Gênesis foram rebatidas pelo próprio Luis Washington, em um post na discussão do Facebook.
“Temos recebido muitos e-mail, carta, e até mesmo moradores da cidade vindo direto na nossa Redação fazer reclamações da prefeitura, porque o cidadão vê que tem um veículo de comunicação que é do Canedo, circula em mais de 20 cidades do Estado, chega até Brasília e está nas bancas. Estamos fazendo um jornal de verdade, se tem verbas ou não das prefeituras ou do Estado não muda seu editorial”.