Não é exagero dizer que os políticos e partidos de oposição, em Goiás, não estão cumprindo o dever de fiscalizar, discutir alternativas, questionar com dados e argumentos sólidos e, enfim, realizar a missão de criar um ambiente de discussão sobre a situação do Estado e o seu futuro.
Basta passar um pente fino das entrevistas, discursos e declarações de políticos como Vanderlan Cardoso, Júnior Friboi, Mauro Rubem, d. Iris Araújo e tantos outros que se desdobram na imprensa e nas redes sociais, cada qual enveredando pelo xingatório puro e simples em vez de argumentos consistentes.
Um exemplo: em declarações ao Jornal Opção, o presidente estadual do PMDB, Samuel Belchior, disse que vai levantar as informações sobre a situação financeira do Estado, para saber onde foi parar o dinheiro porque até agora o Governo “não fez nada”.
Olha que linguagem radical e sem sentido: “O Governo do Estado, até agora, não fez nada”.
“Nada”?
Não existe possibilidade real de um Governo, perto de completar dois anos e meio de mandato, “não ter feito nada”.
Qualquer Governo, por pior que seja, faz alguma coisa em dois anos e meio. O que Samuel deveria era discutir os projetos, as escolhas, as decisões e o rumo que o Governo do Estado está proporcionando para Goiás. E até concluir que é pouco. Ou que poderia ser diferente. Ou melhor.
Mas “nada”?
Isso tira a seriedade do debate político do lado da oposição, que deveria andar mais antenada com os interesses da população e propor soluções para os desafios do Estado e submeter realmente a ação do Governo a um filtro crítico.
Dizer que “não fez nada” é um raciocínio infantil do deputado Samuel Belchior.