O maior protesto de rua em Goiânia, desde a campanha das Diretas Já, pode ocorrer hoje, no Centro, a partir das 17 horas.
Convocada pelas redes sociais, com adesão de milhares e milhares de pessoas, a manifestação tem sintonia com outras programadas em várias capitais brasileiras e, em princípio, reclama da qualidade e do preço do transporte coletivo, mas tem um sentido de insatisfação difusa com a situação do país.
Há suspense sobre o comportamento da Polícia Militar e dos manifestantes. Até ontem, em declarações duras, o comando policial disse que não vai permitir excessos e que nem mesmo o uso de balas de borrachas – transformadas em vilãs dos protestos nacionais – está descartado.
Já os manifestantes, pelas páginas das redes sociais da internet, falam em protesto pacífico. Mas a história é uma velha conhecida: começa pacífica, mas termina… ninguém sabe como.
Em uma tentativa de esvaziar as manifestações, o governador Marconi Perillo e o prefeito Paulo Garcia acertaram ontem o cancelamento total do aumento da tarifa do transporte coletivo, que, agora, será mantida em R$ 2,70 reais – preço anterior aos protestos.
O ex-presidente Lula tinha visita programada a Goiânia para a tarde desta quinta-feira, quando participaria de uma festa do PT a poucos metros do local da manifestação. Com medo, Lula cancelou e os petistas suspenderam a comemoração, que celebraria os 10 anos do partido à frente do Governo Federal.
LEIA MAIS:
Ta complicando, Paulo Garcia: estudantes marcam novo protesto para dia 20, no centro de Goiânia