No esforço de pegar carona na maior onda de manifestações populares no Brasil, desde a deposição do presidente Fernando Collor, o deputado Mauro Rubem (PT), que não foi a nenhum dos protestos de rua, em Goiânia, publica em seu site que é contra os investimentos na promoção da Copa das Confederações no Brasil.
Espertamente, ele faz críticas às “despesas públicas”, mas não menciona que o Governo Federal é o principal responsável pelos gastos – a companheira Dilma é a presidente. Também, ao dizer que o dinheiro da Copa deveria ter ido para outros setores, como a educação, a saúde e a segurança, não cita o transporte coletivo – assunto, em Goiânia, da alçada do companheiro Paulo Garcia (PT).
Mas esse oportunismo desavergonhado de Mauro Rubem não é nada perto do que ele diz em seguida na mesma nota publicada em seu site: “ Nós do PT ainda temos muito desafios como à reforma política, a tributária, a agrária e a democratização dos meios de comunicação”.
“Nós, do PT”, deputado? O senhor não percebeu que as manifestações são justamente contra “nós, do PT” e contra os malfeitos dos últimos 10 anos, inclusive, segundo um dos alvos das manifestações, os gastos com a Copa, malfeitos que foram feitos por “nós, do PT”?
E olha só, nessa última declaração do deputado, em mais um toque de velhacaria, quando ele cita como desafio para “nós, do PT” a “democratização dos meios de comunicação”, que nada mais é que o apelido dado por “nós, do PT” para a tentativa de instituir no Brasil a censura à imprensa.
Mas, enfim, esse é Mauro Rubem.