Entre outros motivos, a onda de manifestações que abala o Brasil, inclusive Goiás e Goiânia, vai se tornar inesquecível pela oportunidade de acompanhar a cobertura de imprensa mais esdrúxula “jamais vista antes neste país”.
Em tom panfletário e procurando mostrar mais indignação que as ruas, jornalistas atordoados se desdobram – segundo Euler Belém, do Jornal Opção, no momento os jornalistas mais “comemoram” do que narram os acontecimentos – em amontoar textos e frases de fazer inveja aos melhores humoristas profissionais.
Veja essa da jornalista Cileide Alves, em seu artigo deste domingo em O Popular: ela ameaça os políticos e diz que correm o risco de “entregar as cabeças”, no final do processo desencadeado pelas manifestações.
Olha o texto dela, : “Mesmo depois da explosão das ruas, os políticos continuam a usar os recursos da velha política. Aplaudem as manifestações e cedem os anéis, com intuito de proteger seus principados. Continuando assim, correm o risco de lá na frente terem de entregar não mais os dedos, mas suas cabeças”.
O método mais eficiente conhecido até agora para separar as cabeças dos corpos – de políticos ou não – é a guilhotina, muito usada na Revolução Francesa.