Em que pesem as manifestações e protestos, ainda há agentes políticos que apostam na inocência do povo brasileiro.
Veja o exemplo do prefeito Paulo Garcia (PT). Na crista das cobranças por redução da tarifa e melhor qualidade no serviço prestado pelos ônibus na cidade, Paulo anunciou que quer criar o Conselho Municipal do Transporte Coletivo.
Paulo convidou gente de todo canto para participar do Conselho: OAB, Adfego, PUC, CUT, ANTP, Sindimoto… mas pera lá: o Conselho não tem poder de deliberar sobre qualquer ponto que envolva transporte coletivo. Possui caráter meramente consultivo.
É aí que cai a máscara: Paulo cria um Conselho de faz-de-conta mas roga, para si, o direito de dar (sozinho) a palavra final em qualquer polêmica.
Nas ruas, o povo sabe que não existe meia democracia. Ou é, ou não é.