quarta-feira , 8 maio 2024
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Deputado Amauri, ainda há tempo de dar orgulho aos goianos

Na casa batizada com o nome de Alfredo Nasser, o maior tribuno e a voz das oposições goianas nas décadas de 50 e 60 do século passado, o deputado Amauri Ribeiro esforça-se para fazer o caminho inverso e inscrever seu nome na história da política de Goiás  como um parlamentar tosco, ignorante, agressivo e sem decoro. Lamentável. O pior é que Amauri gaba-se de ser ignorante, vangloria-se de falar errado e pisotear o Português, adora ser tosco, faz propaganda das agressões às mulheres e da surra que deu na filha, odeia a imprensa, gosta e alardeia que resolve tudo na força bruta e distribui ameaças a torto e a direito. Tudo ao contrário do que se espera de um homem público.

É comum se dizer que a casa é de pobre, mas é limpinha. Ter origem humilde, ser da roça e descender de família sem posses não significa ser ignorante, grosseiro e mal educado. Falar errado não é qualidade. Não aprender e corrigir erros não é sabedoria. Ao contrário. Ao se orgulhar de suas “virtudes”, Amauri presta um péssimo serviço à sociedade, dá mau exemplo e cria um estereótipo que não corresponde às pessoas das camadas menos abastadas e com pouco estudo.
Não é preciso ser intelectual e nem “falar bonito”, mas observar as regras gramaticais é obrigatório para um deputado. No mínimo, esforçar-se. O deputado é encarregado de fazer leis e representar a população na Assembleia. Espera-se o mínimo de preparo para exercer o cargo, mesmo que seja eleito por mais de 20 mil votos.
A Assembleia já foi palco para discursos memoráveis de Henrique Santillo, João Divino Dorneles, Marconi Perilo, para ficar em exemplos mais recentes. Lembrar de personalidades de outras épocas mais antigas seria até covardia.
Vale lembrar, por exemplo, de Machado de Assis. Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, mestiço, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Tornou-se o maior nome da literatura do Brasileira, reconhecido em todo o planeta. Isso, sim, é motivo de orgulho.
Ser eleito pelo voto popular não significa ganhar passaporte para fazer o que bem quiser. Tem de dar satisfação à sociedade que paga os salários. Não precisa deixar de falar “as verdades”, como ele diz. Mas,que fale com educação e respeito à língua pátria.
Deputado Amauri Ribeiro, ainda há tempo de mostrar a que veio e dar orgulho aos goianos e aos eleitores.
Seremos os primeiros a aplaudir.