O jornalista Rodrigo Alves escreve artigo nesta quinta-feira na página de opinião de O Popular propondo que a “mídia tradicional” – expressão dele mesmo – faça uma autocrítica a partir dos ataques sofridos durante os protestos de rua em todo o Brasil.
A publicação do artigo surpreendeu porque o jornal O Popular, símbolo da grande imprensa em Goiás, vinha se mantendo refratário ao tema da insatisfação da sociedade como os veículos de comunicação brasileiros de maior porte.
Como se esperava, Rodrigo defende a “mídia tradicional”, lamenta os atos de hostilidade a jornalistas e empresas e acusa as redes sociais de produzir conteúdo de baixo nível – o que é, no mínimo, injusto, porque a grande imprensa também produz “conteúdo de baixo nível” (e tanto uma como outra também produzem “conteúdo de alto nível”).
Mas ele faz perguntas cujas respostas (incômodas) estão na origem das agressões que jornais e redes de TV sofreram durante as manifestações: “Precisamos avançar na autocrítica como agentes de uma nova realidade comunicacional: estamos preparados para compartilhar informação de qualidade? Evitamos ser joguetes de interesses?”.
Rodrigo só pergunta, não responde nem tenta responder. Com as palavra, os colegas do Grupo Jaime Câmara.