O bonde da história mostra que a crise de representatividade dos sindicatos chegou ao ponto máximo.
O sindicalismo tornou-se apêndice dos partidos que hoje estão no poder, notadamente o PT, e abriu mão de sua postura contestatória. O peleguismo tornou-se regra e o trabalhador descobriu que o sindicato não o representa.
Veja um episódio que ilustra a nova realidade: a Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou nota em que reinvidica, para si, o direito exclusivo de convocar greves gerais no Brasil. Em nota, a CUT diz que greve alguma pode ser organizada a partir de “eventos no Facebook”.
A CUT esperneia, mas não adianta. O bonde da história passou.
Ela atribui a organização da malfadada greve geral para o dia 1° de julho a um grupo anônimo de “oportunistas”, cujo único interesse é causar insegurança.
Quer dizer que ninguém mais pode propor greve? Só a CUT? Será que chegou a hora de a CUT pagar o preço pelo peleguismo, tão bem praticado pela presidente da Central em Goiás, Bia de Lima? Será que o alinhamento da CUT aos interesses do Palácio do Planalto arranhou a imagem da Central?
Como diria Bob Dylan, “the answer is blowin’ in the wind”.
Leia a nota na íntegra.
Quem convoca greve é sindicato e não eventos no Facebook
Escrito por: CUT Nacional
Nem a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho.
A Executiva Nacional da CUT está reunida nesta segunda-feira (24), em São Paulo (SP), para debater a conjuntura, reafirmar sua pauta de reivindicações e decidir um calendário de mobilizações em defesa da pauta da classe trabalhadora, de forma responsável e organizada, como sempre fizemos.
A convocação para a ‘suposta’ greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação.
É preciso tomar muito cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais.
Vagner Freitas Sergio Nobre
Presidente Nacional da CUT Secretario-geral