O projeto político do empresário Júnior Friboi, que quer ser candidato a governador em 2014, sofreu um duro golpe com a denúncia de que a multinacional JBS vendeu carne de cavalo em vez de bovina na Europa. O escândalo é o assunto da vez na imprensa do velho continente e provocou prejuízo de bilhões de dólares ao grupo empresarial – que tem como proprietários Júnior e os seus irmãos Joesley e Wesley e que nasceu em Anápolis.
O escândalo é apenas mais um no corolário de notícias negativas que mancharam a imagem da JBS nos últimos dias. Um exemplo é a decisão do Conselho de Administração Econômica (Cade) do Ministério da Fazenda de investigar a multinacional por conta de uma centena de aquisições feitas e não documentadas ao órgão. Em suma: o Cade acusa a JBS de sonegar informações.
A crise surge no momento em que Júnior, um dos proprietários do grupo, tenta desvincular-se dos negócios da família para empreender um plano audacioso, porém ainda fantasioso: disputar o governo de Goiás em 2014. Júnior está filiado ao PSB, mas além do arranhão provocado pelo noticiário negativo, ainda precisa lidar, a curto prazo, com o fato de não possuir uma boa base de aliados (formada por vereadores, prefeitos, deputados e senadores) e de não ter traquejo político suficiente para encarar uma empreitada deste porte.
O Goiás 24 Horas já noticiou que a família de Júnior é contrária à sua entrada na disputa pelo Palácio das Esmeraldas, que considera uma “aventura”. Joesley e Wesley inclusive já ponderaram com o irmão que, para os negócios da família, melhor seria que ele disputasse um mandato de deputado ou senador – uma vez que o desgate seria menor e a presença no Congresso atenderia satisfatoriamente aos interesses de uma empresa que transpôs os limites de Goiás e se globalizou.