Picuinha política elevada à enésima potência.
É assim que se explica o comportamento tinhoso dos prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), e de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), quando o assunto é a criação do passe livre estudantil.
O governo propôs o passe livre para toda região metropolitana de Goiânia. Mas precisa do apoio dos prefeitos para executar o projeto. Como a ideia partiu do governador Marconi Perillo (PSDB), e não deles, posicionaram-se contra.
Do total de R$ 3,2 milhões de subsídio da passagem, o Estado arcará com R$ 1,6 milhão (50%), a Prefeitura de Goiânia com R$ 1 milhão (30%) e os municípios restantes com R$ 600 mil (20%), sendo que Senador Canedo teria de arcar com cerca de R$ 84 mil por mês e Aparecida de Goiânia com mais de R$ 350 mil.
Maguito e Misael agarram-se à lenga-lenga de análise de planilhas e de arrocho de caixa para pular fora do projeto. Não querem colocar dinheiro em uma proposta desenhada pelo Palácio das Esmeraldas.
“É preciso ver quantos alunos são exatamente, quantas viagens e qual o custo. Não podemos jogar dinheiro fora”, disse Misael ao jornal O Popular nesta quarta-feira. “Por enquanto não tem solução”.
Maguito, em entrevista à Rádio Vinha FM nesta quarta-feira, arrolou a mesma desculpa. “A prefeitura de Aparecida enfrenta dificuldades financeiras. Não sei se temos condições de assumir um gasto desses. Seria irresponsável dizer que sim”.
Fica a pergunta: se Marconi não fosse adversário político de ambos, será que o comportamento seria o mesmo?