A piora dos indicadores da economia brasileira, com a inflação finalmente alcançando uma incômoda e perigosa taxa de 6,5% ao ano (previsão da FGV para março, soma dos últimos 12 meses), vai criando um cenário antes impensável: a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff e a hipótese de uma vitória da oposição nas eleições de 2014.
Sem a economia a todo vapor, com benefícios para a massa de brasileiros que hoje é majoritária – a classe C – e decide as eleições, o PT pode não se sair bem na próxima disputa presidencial. O partido já perdeu a sua vantagem ética, identificado hoje com as piores práticas da corrupção e do fisiologismo e carimbado como o criador do mensalão, com um grupo das suas melhores e mais conhecidas lideranças a caminho de uma temporada na cadeia.
Restava aos petistas o bom desempenho da economia. Restava. Agora, o Brasil, depois de dois anos perdidos sob gestão da pseudodurona Dilma Rousseff, não só está na lanterna do crescimento mundial como passou a ser visto com desconfiança pelos investidores. Resultado: Dilma foi um desastre.
Ela destruiu a Petrobrás, que a ajudou a ganhar a eleição (o PT defendia a empresa, enquanto acusava o PSDB de planejar a sua privatização), acabou com o setor elétrico, trouxe a inflação de volta, liquidou coma autonomia do Banco Central, tentou acabar com a miséria por decreto e mais uma infinidade de atitudes sem lógica que transformaram o PIB em “pibinho” e os dois últimos anos em “biênio perdido”.
O fiasco de Dilma fortaleceu tanto a oposição que hoje há dois candidatos com a turbinas ligadas rumo a 2014: o senador Aécio Neves, do PSDB, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB. Além de Marina Silva, ainda sem partido, que corre por fora.