quarta-feira , 20 novembro 2024
Goiás

Descaso, demora no atendimento, desrespeito, sarcasmo e má gestão… assim é a UPA de Aparecida, segundo o DM. E aí, prefeito Maguito?

O título é manjado, mas a realidade é essa mesmo em Aparecida de Goiânia: a Saúde está na UTI, graças à ineficiência do prefeito Maguito Vilela.

Faltam médicos na Unidade de Pronto Atendimento, segundo denuncia o Diário da Manhã em ampla reportagem publicada na edição desta terça-feira.

O cenário encontrado pelo DM, segundo o repórter Elpídio Carvalho, foi de descaso, demora no atendimento, falta de respeito, sarcasmo, má gestão hospitalar e ausência de médicos para trabalhar.

Com a palavra, o prefeito Maguito.

Leia a reportagem completa:

 

Saúde na UTI: faltam médicos na UPA

“Todo hospital falta médico, é normal”, diz uma médica da unidade de saúde

Elpides Carvalho
Descaso, demora no atendimento, falta de respeito, sarcasmo, má gestão hospitalar e ausência de médicos para trabalhar foi o cenário encontrado pela reportagem do Diário da Manhã, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Aparecida de Goiânia, durante toda a tarde de ontem. O hospital possui estrutura, mas carece de profissionais da saúde comprometidos com o contribuinte. No local, o absurdo prevalece, duas crianças enfermas e uma mãe desolada tendo que assistir apenas um dos filhos ser atendido, enquanto o outro talvez espere silenciosamente a morte chegar. O segundo caso, uma mulher espera desde o último sábado (20), raspagem no corpo após se envolver num acidente de moto.

Neste contexto, no momento em que a reportagem do DM conversava com pacientes que aguardavam atendimento emergencial, foi constatado que não havia médicos pediatras e clínicos gerais trabalhando no período. Muitas pessoas afirmaram que estavam no local, a cerca de três a quatro horas esperando a ação médica. A maioria tinha que se locomover para outros centros de urgências distantes dali e alguns sem condições para isso.

A vendedora Fabrícia Fonseca, 28 anos, que estava com a filha disse estar esperando há mais de duas horas para receber tratamento de emergência e foi informada que tinha que se dirigir para outra unidade de saúde. “É um absurdo um negócio desses. Fico aguardando esse tempo todo e a mulher (funcionária do hospital) diz que não tem médico para atender minha filha. Agora para onde vou com essa criança (filha) e sem condições?”, interroga.

A dona de casa Juliana Sebastiana de França, 26 anos, segurando um filho no colo, e segundo ela, com febre de 39 graus e outro com crise de bronquite procurou atendimento emergencial para ambas as crianças, no UPA, mas recebeu a informação que apenas um poderia ser consultado. “Eles disseram que é por causa da prioridade da doença e como só tem um pediatra, o médico só atenderia os casos mais graves. Dor não espera prioridade e a boa vontade deles, aqui (UPA) sempre faltam médicos para as crianças, é um descaso com a gente”, indignada com o péssimo atendimento recebido.

Outra paciente que esperava atendimento no local, Camilla Lourrany dos Santos Teixeira, 24 anos, disse que sofreu acidente de moto, próximo à cidade de Cezarina de Goiás, na BR-060, e desde sábado passado (20), procura atendimento de saúde digno. “Em Cezarina não pude ser atendida, pois não havia médicos, vim para Goiânia e fui direto para o Cais do Bairro Colina Azul, mas também não têm profissionais, agora chego ao UPA e também não encontro médico atendendo”, reclama a contribuinte, que disse ainda ter passando no Huapa de Aparecida, mas como não tinha encaminhamento foi negado pela recepção.

A reportagem do DM também sentiu a falta de humanização do hospital, principalmente, quando foi recebida pela diretora-geral do UPA, Caroline Lopes, em busca de resposta para o péssimo atendimento da unidade de saúde. Segundo a gestora, quatro clínicos gerais e dois pediatras trabalham diariamente no plantão do local, mas que a demanda na recepção de crianças tinha aumentado porque um profissional tinha faltado.

No entanto, a diretora Caroline não explicou a falta de clínicos gerais trabalhando durante toda à tarde de ontem, tempo em que a equipe do DM permaneceu no hospital. Nesta premissa, ela também não demonstrou agilidade para resolver o problema e continuou recortando papeis em sua sala, assim, como a reportagem a encontrou desde o início.

Segundo Adriana Silva, médica do UPA, a falta de médicos para atendimento na saúde pública é normal. “Todo hospital falta médico”, diz. O DM tentou ainda, no fim da tarde, conversar por telefone com a Secretaria de Saúde Municipal de Aparecida para comentar o descaso, mas não houve contato, mesmo com diversas tentativas.

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