quarta-feira , 25 dezembro 2024
Opinião

[Artigo] PIOR – Partido da Imprensa Oposicionista Raivosa

 Luiz Gama*

Vamos direto ao ponto: existe em Goiás o PIOR – Partido da Imprensa Oposicionista Raivosa, que faz oposição com torpor, pus e bílis a tudo que o governo do Estado faz. E, mais que isso, descaradamente protege, blinda Paulo Garcia e outros oposicionistas. Aliás, foi esse mesmo “partido” que iniciou por ocasião do desgoverno Alcides/Braga, a maior campanha de difamação e perseguição a um político em Goiás. Aqueles que se locupletavam às custas do dinheiro do povo na época das mazelas “bragueanas”, e com o claro objetivo de desconstruir covardemente a imagem de Marconi Perillo, são os mesmos que hoje exibem suas carteirinhas do PIOR com muito orgulho. Orgulho de ser canalha? Há canalhas que o tem. Foi exatamente por não suportar nenhum tipo de covardia que iniciei nas redes sociais o meu grito contra aquele movimento podre contra o então senador Marconi.
 
Alguém pode querer lembrar a célebre frase de Millôr Fernandes, de que “imprensa é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”. Sim, mas a imprensa que tem preferência de “lado” deixa de ser analítica, crítica (a todos, indistintamente) e passa a ser, então, uma imprensa partidária, imprensa de militantes. Porque é assim que o PIOR tem agido, focando-se apenas e tão-somente em um só governo.
 
O Partido da Imprensa Oposicionista Raivosa compõe-se por jornalistas que não conseguem empregos nos já estabelecidos veículos de comunicação. São jornalistas que enganam, ludibriam a boa fé, dizendo que defendem os interesses da sociedade, mas que na verdade defendem interesses de partidos e pessoas, agem de forma desonesta e desleal com a sociedade, usando das prerrogativas de se dizerem jornalistas para informar de forma incorreta, mentirosa e parcial.
 
São pseudos jornalistas que atacam sem provas e com baixarias, dissimulando, desinformando e até mentindo. Quando são processados dizem que estão sendo perseguidos, sendo que a Justiça é a forma mais democrática de se resguardar e preservar os direitos. Ou será que quem é difamado, caluniado, injustiçado deve deixar por isso mesmo?
 
Fazer jornalismo é uma coisa. Fazer do jornalismo uma ferramenta de partidos e pessoas é outra. Mas não há como pedir ética a alguém cujo propósito é exatamente desconstruí-la contra uns e em favor de outros, sempre escudados na defesa das liberdades de pensamento e expressão.
 
Se o leitor refletir bem, com base nas informações que recebe desse tipo de imprensa, sem muito esforço concluirá por si mesmo. Fiquemos com dois exemplos.
 
Se o governo do Estado optou por ter hospitais geridos por Organizações Sociais, com atendimento otimizado, agilizado e melhorado e com aprovação da população, o PIOR insiste em mostrar somente as lacunas ainda passíveis de acerto. Em momento algum reconhece (ou sequer divulga) o esforço, as conquistas e os avanços. Não é só por má vontade. É porque o sucesso da área da saúde estadual não atende aos interesses políticos-partidários-eleitoreiros de setores contrários ao governo Marconi Perillo.
 
Se o programa Rodovida se tornou um marco histórico de investimentos na construção, reconstrução e manutenção na malha rodoviária goiana, os arautos do PIOR, quais corvos e gralhas, insistem em visitar e fotografar, in loco e em período chuvoso, os buracos e as deficiências. Passam ao largo dos milhares de quilômetros das rodovias construídas e/ou renovadas. Nem de longe admitem – por não serem imparciais – que o Rodovida é um projeto de sucesso.
 
Por outro lado, o Partido da Imprensa Oposicionista Raivosa poupa e cria cortinas de fumaça em torno de governos petistas no Estado. E isso não é de hoje. Quem tem discernimento já percebeu. Sobre quantos e quantos escândalos, ao longo de mais de quatro anos, estouraram na Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), bem como no Mutirama e o PIOR fez cara de paisagem?
 
Em episódio recente estes mesmos ‘jornalistas’ do PIOR tentaram massacrar o governador Marconi Perillo. Mas, para isso, tiveram que desavergonhadamente esquivar-se dos emaranhados envolvendo membros mais e menos importantes do PT e do PMDB de Goiás, chafurdados no lamaçal de corrupção envolvendo a empreiteira Delta. Este tópico poderia ser melhor detalhado, mas poupo o leitor de fatos que ele por si só tem conhecimento, porque certamente bebe de várias fontes de informação, por não admitir que abusem de sua inteligência com notícias distorcidas e em total desacordo com a realidade.
 
O tema é vasto. Dá artigo pra mais de metro. Essa linha de raciocínio não se esgota aqui. Será importante, posteriormente, listar os nomes da turma do PIOR – Partido da Imprensa Oposicionista Raivosa. É preciso conhecer essa gente para que não nos tornemos igual a ela. Porque senão, como bem disse Joseph Pulitzer, “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”. Essa gente, que partidariza a imprensa, tem traído a confiança dos leitores e feito respingar na imprensa séria. Recente pesquisa Datafolha mostra que o percentual de pessoas que “confiam muito” na imprensa caiu de 31% para 22%. E a taxa daqueles que “não confiam” de jeito nenhum subiu de 18% para 28%.
Por fim o slogan do PIOR, criado por aqueles que o bancam: quanto ‘mais’ PIOR, melhor.

*Luiz Gama é jornalista.