Veja matéria do jornal O Popular sobre a divisão do PMDB entre partidários de Iris Rezende e Júnior Friboi:
Sucessão 2014
Reações mostram PMDB dividido
Declaração de Iris em Catalão teve repercussão e evidencia problemas internos entre partidários
Márcia Abreu 30 de julho de 2013 (terça-feira)
As declarações do ex-governador Iris Rezende (PMDB) em evento realizado no último sábado em Catalão, de que não se ausentará do processo de sucessão em 2014, causaram reações internas no partido e evidenciam a divisão entre o grupo ligado a Iris e o grupo defensor da candidatura do empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi.
Em reação às falas de Iris, Júnior disse à coluna Giro do POPULAR, na edição de ontem, “que tem conversado muito com o ex-governador e que sempre ouviu dele que não seria candidato”. O empresário também declarou que, “em 30 anos de amizade, nunca o viu faltar com a palavra ou descumprir compromisso”. O deputado federal Pedro Chaves (PMDB) dá força à declaração. “Ele (Iris) sempre disse que iria participar do processo, porém nunca afirmou que será candidato”, alega.
No entanto, um deputado ligado aos dois grupos afirma que Iris avalia que o cenário nunca foi tão propício. “O momento é mais favorável do que em 2010, quando ele estava na prefeitura (de Goiânia). Agora, além de não ter cargo, as pesquisas mostram que ele é o único capaz de bater Marconi (Perillo, governador do PSDB)”, sustenta a fonte.
De acordo com o presidente estadual do PMDB, Samuel Belchior, Iris não está descartado da disputa. “Essa possibilidade sempre existiu e continuará existindo, ainda que eu não o tenha visto declarar que é candidato”, pontou. Belchior reafirma, todavia, que as portas estão abertas para que Júnior viabilize sua candidatura.
Espaço
Deputado federal, Sandro Mabel corrobora as afirmações de Belchior. Ele assegura que Júnior tem espaço na legenda e o compara ao ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), que deixou o PMDB em junho do ano passado, pouco mais de um ano depois de ter se filiado à legenda. “Ele vai trabalhar, vai correr atrás. Não é como o Vanderlan que saiu porque achou que Iris queria ser candidato e não quis enfrentar. O Júnior vai enfrentar. Ele tem tempo e juventude para isso”, argumenta.
Em outubro de 2009, quando era prefeito de Goiânia, Iris dizia que não seria candidato, mas fazia ponderações. “Se amanhã entender que minha presença se faz necessária, vou me colocar à disposição. Porque meu objetivo é até a hora da morte servir ao meu Estado”. No dia 1º de abril de 2010, depois de estabelecer data para o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, definir candidatura, Iris deixou a prefeitura e se candidatou.