O artigo do médico Flávio Paranhos, em O Popular, nesta sexta-feira, contestando com dureza um outro artigo da poderosa editora-chefe do jornal, Cileide Alves, expressa uma mudança de mentalidade da maior importância na história dos meios de comunicação em Goiás.
A partir de agora, jornalistas não são mais os donos da verdade.
E isso é bom: por que temos de suportar a arrogância e a presunção de profissionais de imprensa que se julgam pontíficies e arautos da opinião pública?
O Popular foi ousado e publicou em sua página de opinião o artigo de Flávio Paranhos, que faz menção direta a Cileide, criticando o trabalho profissional dela e as escolhas editoriais que ela fez, resvalando para um “jornalismo acrítico” – segundo Paranhos.
Na redação do POP, comenta-se que o artigo só saiu porque o dr. Paranhos é sobrinho de Luiz Fernando Rocha Lima, o “Nando”, atual diretor de jornalismo do Grupo Jaime Câmara.
O artigo do médico vem depois que os protestos de rua colocaram a grande mídia em xeque.
Em todo o país, veículos e instalações das grandes redes de televisão foram atacados pelos manifestantes, mas Goiás é o único Estado onde foi registrada a depredação de um carro de um jornal impresso, no caso O Popular.