O discurso da oposição de que o Governo Maconi Perillo aumentou o endividamento do Estado não tem base nos números.
É o que diz o jornalista Lauro Veiga Filho, em análise publicada na sua coluna no jornal O Hoje, na semana passada.
Já no título, Lauro derruba a tese dos oposicionista: “Dívida líquida estadual cai e passa a ser menor que receita”.
O jornalista é categórico no texto ao dizer que o endividamento do Estado está recuando, embora possa parecer paradoxal pela contratação de novos empréstimos.
É que muitos desse dinheiro novo foi usado para pagar dívidas antigas, renegociadas em condições melhores para os cofres estaduais.
Lauro explica: “Como o Estado pagará à União e a instituições financeiras, naquele mesmo período, alguma coisa em torno de R$ 10,3 bilhões, o endividamento final de Goiás estaria sendo reduzido, conforme sustentou o secretário Simão Cirineu Dias,em artigo recente (O Popular, 24/07/2013)”.
Ele diz ainda que “depois de uma fase inicial de crescimento relativo, a dívida consolidada líquida do Estado vem recuando, passando a representar um percentual inferior à receita líquida acumulada em 12 meses, conforme indicado desde abril pelo relatório resumido da execução orçamentária. Naquele mês, a dívida passou a representar 99,2% da
receita, com a primeira batendo em R$ 13,767 bilhões frente a R$ 13,884 bilhões no segundo caso. Foi a primeira vez em décadas que a receita acumulada em 12 meses foi maior do que a dívida total, já descontados créditos, haveres financeiros e outros ativos líquidos”.
Continua ele: “Em junho, a dívida recuou para aproximadamente R$ 13,598 bilhões, em queda nominal de 5,4% frente a dezembro, quando o endividamento líquido havia sido de R$ 14,379 bilhões, e 3,6% abaixo do nível observado em junho do ano passado (R$ 14,107 bilhões).Como se percebe, a dívida voltou a cair depois de uma elevação de 11,4% entre abril de 2012 (R$ 12,901 bilhões) e dezembro do ano passado”.
A oposição vai ter de engolir essa: contra os números, não há argumentos.
Veja a íntegra do artigo:
Dívida líquida estadual cai e passa a ser menor que receita
Apesar da contratação de novas operações de crédito desde o ano passado, a relação entre receita líquida e dívida consolidada líquida do setor público estadual voltou a ceder no final do primeiro semestre, abrindo espaço para a captação de novos empréstimos, conforme autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Segundo a Secretaria da Fazenda, o Estado estaria autorizado a contratar, entre 2011 e 2014, algo próximo a R$ 7,7 bilhões.
Uma parte desses recursos veio para recompor perdas de receita causadas por medidas adotadas pelo governo federal, outra parcela para substituir dívidas antigas, a custos mais favoráveis, e ainda como parte da operação de salvamento da Celg Distribuição. Como o Estado pagará à União e a instituições financeiras, naquele mesmo período, alguma coisa em torno de R$ 10,3 bilhões, o endividamento final de Goiás estaria sendo reduzido, conforme sustentou o secretário Simão Cirineu Dias,em artigo recente (O Popular, 24/07/2013).
Depois de uma fase inicial de crescimento relativo, a dívida consolidada líquida do Estado vem recuando, passando a representar um percentual inferior à receita líquida acumulada em 12 meses, conforme indicado desde abril pelo relatório resumido da execução orçamentária. Naquele mês, a dívida passou a representar 99,2% da
receita, com a primeira batendo em R$ 13,767 bilhões frente a R$ 13,884 bilhões no segundo caso. Foi a primeira vez em décadas que a receita acumulada em 12 meses foi maior do que a dívida total, já descontados créditos, haveres financeiros e outros ativos líquidos.
Em junho, a dívida recuou para aproximadamente R$ 13,598 bilhões, em queda nominal de 5,4% frente a dezembro, quando o endividamento líquido havia sido de R$ 14,379 bilhões, e 3,6% abaixo do nível observado em junho do ano passado (R$ 14,107 bilhões).Como se percebe, a dívida voltou a cair depois de uma elevação de 11,4% entre abril de 2012 (R$ 12,901 bilhões) e dezembro do ano passado.
Como a receita líquida continuou crescendo, numa variação de 8,5% entre os 12 meses terminados em junho deste ano e igual período do ano anterior, a relação vem se reduzindo neste ano. Enquanto a dívida caía, a receita avançou de R$ 12,770 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2013 para R$ 13,860 bilhões entre julho do ano passado e junho deste ano. A relação entre dívida e receita passou a ser de 0,981.