O que possuem em comum empresários como Cyro Miranda, Wilder Morais, Vanderlan Cardoso, Júnior Friboi e Marcelo Limírio?
Pensou? Sim, é verdade, todos eles, de um jeito ou de outro, estão metidos até o pescoço na política. Dois são senadores (Cyro e Wilder). Outros dois são pré-candidatos a governador (Vanderlan e Júnior Friboi). E o último atua nos bastidores, tendo indicado o atual secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, que é seu genro.
O que mais eles têm em comum? Ora, são homens ricos, muito ricos, com fortunas cujo padrão chama a atenção em qualquer lista de milionários brasileiros.
Outra característica é o fato de que todos, sem exceção, tiveram suas fortunas originadas em Goiás. Com exceção de Wilder, que atua na área de construção civil, todos os demais são beneficiários de incentivos fiscais, o que significa que receberam generosas isenções de impostos para respaldar os complexos empresariais que construíram ao longo da vida.
Ou seja: para investir e gerar empregos cobraram do Estado uma renúncia fiscal de valor incalculável.
Mas, o que chama a atenção é que todos jamais destinaram um único centavo para ações sociais ou projetos de interesse coletivo, que poderiam beneficiar o povo goiano.
Apenas a título de comparação, os sócios do 3G – Jorge Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, donos da AmBev e da Burger King e hoje em evidência depois da compra da norte-americana Heinz – estão na lista dos brasileiros bilionários que destinam parte da sua riqueza para a filantropia social.
Lemann, Sicupira e Telles patrocinam, cada um, Fundações que desenvolvem projetos de modernização da gestão pública, dão bolsas de estudos, apoiam alunos talentosos das escolas públicas e muito mais. Ou seja: devolvem um pouco do que ganharam para a sociedade.
Os milionários goianos, não. Ninguém nunca viu o dinheiro deles, pelo menos para alguma caridade.