O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), afirmou, há pouco, que sua presença na Câmara Municipal para prestação de contas era desnecessária, posto que, depois de dois anos no cargo, ele conhece pouco sobre a realidade administrativa do município.
Com o telefone na mão e simulando um telefonema, Paulo reclamou que estava com pressa para ir embora e disse que sua verdadeira vocação é de médico. Admitiu também que seus auxiliares têm melhores condições para esclarecer dúvidas relativas aos balanços entregues ontem aos vereadores.
“A lei é clara: quem faz a prestação de contas é o prefeito”, disse Geovani Antônio (PSDB). “Esperamos quase um mês e meio”, disse Cida Garcêz (PV). “Tem crianças precisando de UTI. Eu sei que ele vai resolver, mas daqui 20 dias, quando não precisar mais”.
Elias Vaz (PSol) também criticou a postura de Paulo: “Achei a postura do prefeito desrespeitosa. Aconteceu algo semelhante com o prefeito Iris Rezende e ele teve que fazer o certo, respondendo os questionamentos”, disse Elias, que pediu o fim da sessão.
A vereadora Cristina Lopes (PSDB) também lamentou a ausência do prefeito, que deu no pé. “Coisa feia, prefeito”, disse.
Ao assumir que os assessores são melhores do que ele, Paulo Garcia inovou na psicologia da sinceridade: entregou que ele pode viajar até para a Lua que não faz falta.