A jornalista Cileide Alves, do jornal O Popular, acertou na mosca quando disse que é preciso “desmarketizar” o poder público, numa clara referência ao modus operandi da prefeitura de Goiânia.
Prova disso foi o que aconteceu na quinta-feira, durante a prestação de contas quadrimestral do prefeito Paulo Garcia (PT) à Câmara Municipal. Como não conseguiria prestar contas por si próprio, Paulo usou iPad para ser guiado o tempo todo pelo marqueteiro Renato Monteiro, que assistiu à sessão no cercado reservado para jornalistas.
É possível e aceitável que a cidade esteja entregue a um prefeito que não sabe se expressar por si só? É tolerável que Paulo Garcia transforme a prefeitura em uma peça de marketing gigantesca, que visa tão-somente galgá-lo a disputa ao governo em 2014 ou 2018?
Por acaso a cidade elegeu Renato Monteiro para alguma coisa? É certo que ele seja o prefeito de fato?