A guerra interna no Tribunal de Contas do Estado, entre a direção da Corte e o Ministério Público de Contas (leia-se procurador Fernando Carneiro), prossegue com hostilidades de lado a lado.
A última é um ataque contra Fernando Carneiro. Ele está sendo acusado de ter usado um cargo do Ministério Público de Contas em benefício pessoal.
Fernando Carneiro, o mesmo que questionou a viagem de 15 servidores do Estado à França, onde fariam curso de especialização e também levantou a polêmica sobre o nepotismo no TCE, manteve em seu gabinete, no próprio Tribunal de Contas do Estado, de janeiro de 2006 a janeiro de 2007, uma assessora cuja única função seria ensinar o idioma alemão a seu chefe.
O procurador de contas conseguiu a nomeação da professora alemã Elke Maria Anton Antunes, casada com um brasileiro e moradora do Parque das Laranjeiras, em Goiânia.
As aulas foram ministradas no próprio gabinete do procurador que, no final de 2009, viajou para a Alemanha, onde ficou nove meses, fazendo curso de especialização em Direito. Ele aproveitou férias acumuladas no TCE em um período em que era o único integrante do Ministério Público de Contas.
A professora Elke Maria recebeu salários e gratificações correspondentes ao cargo de Assessor II, inclusive o 13º salário. Segundo a secretaria geral do TCE, não há, no órgão, durante o referido período, nenhum despacho ou relatório elaborado por ela – a sua função seria, de fato, exclusivamente a de professora particular do procurador.
O blog 24 Horas acredita no contraditório: com a palavra, o procurador Fernando Carneiro.