Apesar dos esforços para se atrelar a causas populares, a vereadora Tatiana Lemos (PCdoB) não é o que se poderia chamar de política combativa. Tatiana teve duas oportunidades para peitar os desmandos do prefeito Paulo Garcia (PT), mas amarelou em ambas.
Amarelou mesmo, no duro.
No começo ano, logo depois de tomar posse do segundo mandato de vereadora, Tatiana teve a oportunidade de defender Goiânia da aprovação de um projeto que esculhambaria – como, de fato, esculhambou – o Plano Diretor da Capital. Poderia alinhar à oposição, já que havia feito muitas críticas ao prefeito na campanha de 2012. Na pior das hipóteses, poderia se posicionar a favor do novo Plano Diretor e defender o seu à opinião.
A vereadora escolheu a pior opção, a mais indigna. Ficou calada e fugiu para São Paulo, onde livrou-se do stress fazendo compras, na avenida 25 de Março.
Uma nova janela se abriu para Tatiana e, com ela, a grande chance para se redimir. Afinal, não existe nada mais bonito que reconhecer o erro e agarrar-se à redenção.
Mas Tatiana pisou feio na bola de novo.
Assinou o requerimento que pedia a instalação da CEI dos Supersalários, que abriria uma investigação em cima dos marajás que receberem provimentos nababescos da prefeitura. Horas depois, retirou a sua assinatura.
E o leitor sabe por que ela rasurou a sua subscrição? Não? Nós também não sabemos. Tatiana fugiu outra vez. Não explicou os motivos do seu recuo e deixou margens para que todos pensem que a atitude dela foi provocada por razões fisiológicas, podres, mesquinhas e obscuras.
Tatiana não se manifesta. Só posta bobagens no Twitter. Mas, ao que parece, quer reivindicar para si o direito de se calar diante das discussões mais sérias para Goiânia.
Nos perdoe, vereadora, mas não tem esse direito. Quisesse se omitir, não se candidatasse.
Diga, pense, fale. Honre os votos que recebeu. Honre o partido ao qual pertence.