Em artigo publicado nesta segunda-feira no jornal O Popular, o jornalista Henrique Duarte esquadrinha atos do poder público que atentam contra princípios basilares como moralidade, publicidade, impessoalidade e transparência. Um dos exemplos citados no texto trata da permanência da ex-deputada Neyde Aparecida na Secretaria Municipal de Educação, mesmo depois de ter sido condenada na Justiça por improbidade administrativa.
Neyde era réu em processo que tratava da contratação de três mil garis sem concurso pela Comurg (órgão que também é pivô da denúncia de pagamento de supersalários, no valor de até R$ 83 mil). “Fez o jogo às claras, sem temer a represália que chegou tarde. Continua secretária, porque o prefeito Paulo Garcia (PT) a defende como uma “boa companheira”. Do que ninguém duvida”.
“O juiz disse na sentença o óbvio – o crime de improbidade escancarada com a agravante da inexistência de concurso. Foi o mesmo que angariar milhares de votos em troca do emprego”, afirma Henrique Duarte. O jornalista lembra que, Ainda na Comurg, durante gestões do PT, outro presidente copiou Neyde no que chama de “modo operativo criminoso”: Paulo Cezar Fornazier. “Candidato, também contratou quase três mil garis sem concurso. Também foi tardiamente condenado pela justiça”.