Atual secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida permanece no cargo mesmo após ser condenada por improbidade administrativa e ter os diretos políticos suspensos.
Ela é acusada de contratar de maneira irregular cerca de 3 mil servidores quando era presidente da Comurg.
Paulo Garcia mantém a companheira no cargo e ela se diz tranquila.
Veja matéria do jornal O Hoje assinada por Charles Daniel:
CONDENADA
Neyde diz que não fez nada de errado
Após quase um mês da decisão do juiz Aureliano Albuquerque Amorim, da 4ª Vara Cível de Goiânia, que suspendeu os direitos políticos da secretária de Educação de Goiânia, Neyde Aparecida, ela permanece no cargo. O juiz Aureliano suspendeu os direitos políticos da secretária por cinco anos, porque entendeu que Neyde cometeu ato de improbidade administrativa enquanto foi presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), assim como o ex-presidente Paulo Cézar Fornazier. A ação civil pública foi proposta pelo promotor de Justiça Fernando Krebs em 2006.
O procurador-geral do município, Carlos de Freitas, explicou que não há necessidade de demissão, porque não houve o trânsito em julgado da ação, apenas uma decisão monocrática1ª instância. A secretária também explica que continua no cargo porque uma sentença monocrática de primeira instância não está prevista na Lei da Ficha Limpa, mas apenas quando há o julgamento colegiado. “Estamos com tranquilidade para recorrer, porque não fizemos nada de errado”, garante.
Na sentença, o magistrado reconheceu que os ex-presidentes da Comurg violaram os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade ao contratarem 3.859 empregados sem previsão dos cargos e sem concurso público. Eles foram condenados a pagar multa de 80 vezes o último salário recebido, além de proibição de contratar como poder público por três anos.
Neyde afirmou que tem muita tranquilidade ao responder por contratações da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Foram contratados funcionários para a Secretaria de Educação, para subsidiárias da Comurg, Dermu/Compav e para a Comob. “Era uma coisa que já vinha antes e que continuou depois”, revelou.
(Charles Daniel)