Na petição dirigida ao Tribunal Regional Eleitoral, em que pediu a retirada do Goiás 24 Horas da internet, o PMDB citou como “propaganda eleitoral extemporânea negativa” um post em que o blog informa que a deputada federal d. Iris Araújo postou no seu Twitter que estava propensa a pintar o seu cabelo de verde-amarelo.
O juiz eleitoral Airton Fernandes de Campos negou a suspensão do blog, mas decretou a censura a quase uma centena de posts, entre eles o que aborda a hipotética mudança na cor do cabelo da deputada peemedebista – como se disse, anunciada por ela mesma no Twitter.
Esse é o tipo de distorção que ocorre quando medidas arbitrárias, como a censura, são adotadas contra a livre manifestação do pensamento. Na época da ditadura militar, quando a censura era institucionalizada por lei, foram cometidos os maiores absurdos, como, por exemplo, a proibição de publicar notícias sobre um surto de meningite ou sobre a candidatura de generais à presidência da República.
A nota censurada é intitulada: “Isso é que é patriotismo: dona Iris ameaça pintar a cabeleira de verde e amarelo. Cruzes!”.
Aberração. Ôpa… aberração, sim, mas não pintar o cabelo de verde e amarelo e sim censurar a notícia.