O artigo do empresário Júnior Friboi (PMDB) em O Popular, neste sábado, tem 3.247 palavras e nenhum erro de português.
É verdade: mesmo conhecido pelas suas imensas incompatibilidades com o idioma pátrio, o texto assinado por Friboi respeita rigorosamente as regras da última flor do Lácio – como o poeta Olavo Bilac chamou a língua portuguesa em um dos mais belos sonetos parnasianos da história literária brasileira.
Mas o rei da picanha nunca se sentiu envergonhado quando alguém lembra que ele não consegue emendar suas frases sem cometer pelo menos um atentado contra o português.
“Dizem que não sei falar. E verdade. Mas eu sei fazer”, costuma dizer nos seus discursos para as plateias peemedebistas, que reagem com aplausos frenéticos.
É uma alusão que entusiasma o PMDB porque remete ao poderio econômico do grupo JBS-Friboi, que pertence aos irmãos do empresário.
E também não é preciso raciocinar muito para saber que o artigo de Júnior Friboi, escrito em linguagem castiça, só foi assinado por ele e não escrito, poupando os leitores de O Popular de um trauma.
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