Leia texto do jornalista Nilson Gomes sobre Friboi e o PT
“Jr.? Jamais”, diz PT
A Rede conversou com seis deputados estaduais e federais, de PT e PMDB. Nenhum petista leva a sério a pretensão de Friboi. “Aqui [no PT], ninguém nunca considerou fazer a aliança com o PMDB tendo o Júnior na cabeça”, diz um federal. “A gente jamais daria apoio ao Júnior para governador, por dois motivos, nossos nomes são melhores que ele e ele não tem chance alguma”, descarta um petista estadual. Júnior divide o PMDB, mas une o PT… contra ele.
O PT é uma rusga só. E não se encontra uma ala disposta a caminhar com Friboi. Acha-se até quem queira o 15, mas quem deve aparecer na foto é Iris. As alas mais à esquerda preferem o diabo a quatro a santinho de Friboi. “O Júnior não é má pessoa, gosto daquele jeitão caipira que ele não perdeu mesmo tendo ficado muito tempo fora de Goiás, mas meu grupo o repele por completo”, disse um líder via GTalk.
A chance de Júnior, na avaliação de um ex-presidente do PT, seria unificar o PMDB em torno de e, até março, disparar nas pesquisas. Mas o mesmo líder lembra que, no início deste ano, Iris estava até 20 pontos à frente de Marconi Perillo e a diferença hoje se resume às margens de erro. Para Júnior obter as duas marcas, o PMDB teria de lançá-lo imediatamente (leia coluna Primeiras Notas), sem qualquer ressalva, com Iris encimando as negociações.
Um deputado riu bastante ao telefone quando recordou que, em vez de Iris, quem articula para Friboi é o prefeito de Guapó, Luiz Juvêncio. “O doutor Juvêncio é muito bom quando a gente precisa de alguém para bater no Marconi, mas daí a liderar grupo de prefeitos para apoiar alguém a governador também já é demais”. O chefe político do grupo de Friboi é Nailton Oliveira, ex-prefeito que tenta no tapetão voltar ao Executivo de Bom Jardim. Nas urnas, Nailton vem sendo trucidado para a Assembleia e a prefeitura. “Nailton e Juvêncio? Meu Deus, o Júnior tá lascado”, gargalha o deputado.